As aventuras de Poliana não é um filme ruim, pelo contrário é um filme ecológico que chama atenção para questões ambientais sociais, no longa uma dona de um resort muda o curso de um rio para provocar uma enchente proposital em uma aldeia para assim conseguir esvaziar o local e prosseguir com suas construções ilegais, Poliana e seus amigos vão trabalhar no local pois ela quer provar para o pai que é capaz de se virar sozinha sem sua ajuda e assim conseguir estudar fora do Brasil. Entretanto Poliana ainda se mantém a mesma garota chata que era na novela, primeiro com essa história de Jogo do Contente, é impossível você tentar ver o lado bom de uma enchente destruir uma aldeia inteira e quase matar centenas de pessoas que ficam desabrigadas e perdem suas casas e seus pertences pessoais, a cena me lembrou o momento em que o pai de Kessia morre na novela e Poliana tenta consolar a amiga e Jogar o Jogo do contente quando o parte do teto da casa da amiga desaba sobre a cabeça de seu pai. Pois é aqui soa tão tosco quanto.
O único momento em que Poliana se mostra mais madura é no começo quando ela resolve ir estudar fora, quer arranjar um emprego e mostrar que pode caminhar com as próprias pernas, aliás esse é o único momento mais maduro de todo o filme, pois de resto o que vemos é uma aventura num enredo absolutamente infantil que por vezes me lembrou outras bombas como "Eliana e o Segredo dos Golfinhos" e "Carrossel o Filme 2", só que diferente desses que eram filmes assumidamente infantis, o filme As Aventuras de Poliana tenta parecer um filme teen, pra se ter uma ideia o filme de Poliana consegue ser mais infantil do que o filme estrelado por Xuxa Meneghel esse ano, porém a personagem de Sophia Valverde consegue ser um pouquinho mais insuportável no filme do que na novela pois a personagem além de querer ver o lado bom de tudo ainda se mostra uma garota absolutamente ingênua, facilmente ludibriada, enquanto todos os amigos já haviam aberto os olhos para a vilã e tudo que estava acontecendo á sua volta, Poliana permanece defendendo a vilã de todas as acusações que caem sobre ela, a melhor cena do filme é quando ela leva um "chacoalhão" de João que fala para ela que ninguém se importa mais com esse Jogo do Contente e diz mais algumas verdades na cara da protagonista que mesmo assim se permanece irredutível, é preciso ela ver com os próprios olhos pra se convencer que Germana (Bárbara França) não presta.
João também permanece meio forçadinho em seu papel, os autores ao que parece ainda não entenderam ainda que a gíria "Égua" não faz parte das gírias do Nordeste mas sim da região Norte, nortistas em geral em sua maioria paraenses é que falam "Égua" nordestinos não, é quase como se a gente botasse um personagem gaúcho numa novela falando "Oxente" está errado, mas ele era o melhor personagem da novela e continua sendo o melhor personagem desse longa. Outro ponto baixo no enredo talvez seja a trama meio arrastada, situações pouco interessantes e falta de agilidade no início, o filme só pega mesmo o telespectador no final, como disse não é um filme ruim, ele tem diversas qualidades e pontos positivos, mas também possui muitos pontos baixos.